quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Origem e história do Anilox

Fabricação
O cilindro anilox está localizado próximo ao clichê. Sua função consiste em alimentar a tinta. É o cilindro de tinta principal e controla a alimentação de tinta sobre o clichê. Seu diâmetro é proporcional ao diâmetro do clichê. É feito de ligas metálicas e no exterior é coberto por uma camada de material cerâmico.
A superfície do cilindro anilox é gravada com fendas de células que o fazem lembrar o cilindro de impressão de profundidade, esta tem o efeito que a tinta é transferida para as partes salientes do clichê, e ao lado do substrato de impressão. A pontuação é feita por raio laser. Este cilindro é capaz de transferir uma quantidade controlada de tinta sobre o Clichê trabalho.

Geometria e gravação de células para o anilox

A gravura tem lugar em um formato quadrado ou em um formato rômbico hexagonal. Ele cria o volume de uma pirâmide triangular ou retangular onde a tinta é retida para a tinta Clichê.

A origem do nome “Anilox”
Talvez você não saiba, mas a palavra Anilox é uma marca registrada assim como o popular Cyrel da Dupont ou Bombril que virou sinônimo de palha de aço. O primeiro protótipo de cilindro 'anilox' tinha como objetivo substituir o cilindro de borracha conhecido até hoje como “doctor roll” e que transferia a tinta para o clichê usado nas máquinas impressoras do século passado pelo processo até então conhecido como impressão de anilina.

Sistema Doctor Roll onde o rolo “tomador” serve como agente raspador do “entintador” que pode ser de borracha ou mesmo o próprio anilox.

Em 1939 Douglas E. Tuttle era o executivo de vendas da International Printing Ink Division of Interchemical Corporation – IPI desenvolveu e patenteou um sistema de transferencia de tinta com um cilindro de cobre com células piramidais gravadas imerso numa banheira de tinta e com uma lâmina que raspava a superfície para do cilindro para eliminar o excesso de tinta da superfície. É claro que o cobre não é muito resistente e naquele mesmo ano a gravação passou a ser sobre um cilindro de aço muito mais resistente à raspagem que o cobre. A idéia da faca também não deu muito certo e os próprios usuários passaram a colocar esse cilindro entre o pescador e o clichê sendo chamado de cilindro entintador. O rolo pescador era de borracha e fazia a função de “raspagem” do excesso de tinta da superfície do rolo entintador.

Tuttle deu o nome “Anilox” a esse cilindro. Tinha como objetivo facilitar a venda e fazer marketing aproveitando o final “ox” de outros produtos que sua empresa já comercializava como o “LITHOX” que eram utilizados para designar produtos no processo Lithográfico, como a offset era conhecida naquela época. O prefixo “ani” veio de “anilina” que é um corante solúvel em álcool e muito utilizado como tinta no processo flexográfico.

Desde que as anilinas foram consideradas tóxicas e novas tintas foram desenvolvidas para a impressão no celofane e papel para acondicionamento de alimentos, a palavra 'FLEXOGRAFIA' foi inventada, por volta de 1951, para desassociar a idéia de impressão por anilina das novas tintas que já eram produzidas naquela época.

Breve biografia do Sr. Douglas E. Tuttle
Nascido em 1915 em Franklin, PA, EUA se mudou depois para Elizabeth por 48 anos. Ele foi diretor e presidente da Douglas E. Tuttle  Inc. e da empresa Castaflo Pump Co., ambas em Roselle Park, EUA. Mais cedo ele foi executivo de vendas International Printing Ink Division of Interchemical Corporation – IPI em Nova Iorque e da Pamarco Inc. em Roselle. Conhecido na sua época como o “pai da flexografia”, ele desenvolveu e patenteou não somente o anilox, mas também o sistema de faca (doctor blade) com ângulo reverso. Ele escrevia para revistas especializadas no mercado flexo e também escreveu um livro em 1987 chamado “Fellow Flexographer” de 377 páginas publicado pela PAMARCO onde abordava de modo simples e prático o processo flexográfico na época. O Sr. Tuttle amava avião e tinha mais 3.600 horas de vôo em seu próprio aeroplano e chegou a fazer quatro vezes o percurso costa à costa dos EUA.

Era religioso e serviu como ancião na Igreja Presbiteriana em Mountainside. Foi palestrante na Universidade Rochester e do Platt Institute em Nova Iorque. Foi casado com Evelyn Schiling Tuttle com quem teve três filhas. Morreu em 21 de março de 1990 aos 75 anos.

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